Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo num subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio, peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar
Autor: Vinícius de Moraes
Um gënio com as palavras, beijo Lisette.
ResponderExcluirVinicius,era mais que um poéta,mas,quem um sonhador.era sabe,daquelas pessoas que sonhava e como sonhava...puxa,com seu olhar visionário.
ResponderExcluirAssim fazia de um uma simples poesia uma bela melodia e de uma bela melodia,uma afirmação do cotidiano de nossas vidas.coisa rara no ser humano hoje em dia.este olhar fundo para os humíldes sem medo de elogiar-los a sua bravura mesmo com tantas dificuldades.um fórte abraço a querida Amiga Lisette.
Consideração- João Batista