sexta-feira, 22 de junho de 2012

Procura-se um amigo



Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.                  

                                       
Vinicius de Moraes.

"Pra saber se você tem muitos amigos faça uma festa, pra saber se eles são amigos de verdade, só saberas na dificuldade."

João Batista da Silva!.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

 

Dia 16 de Outubro foi o dia em que João Paulo II se tornou papa em 1978, lembro como hoje o meu querido pai e minha avó acompanhando com muita fé a escolha do santo papa, confesso que era uma expectativa muito grande, pois a tradição do vaticano era escolher um papa de origem italiana, o tabu foi quebrado, quando saiu a noticia que o novo papa era de um pais fora da Itália , foi uma surpresa, ali nascia o eterno papa João Paulo II, o polonês Karol Joséf Watjyla nascido no dia 18 de maio de 1920 na cidade de Wadowice na polônia.

De origem humilde perdeu sua mãe em 1929 vitima de doença grave nos rins, seu irmão mais velho foi a coluna mestre da família, se formou em medicina e ajudou a criar os irmãos que perderam a sua progenitora tão precocemente, o mundo para João Paulo II foi de desafios, até a chegar a ser papa,mas com perseverança, amor e perdão ao próximo, fez do seu legado uma história de devoção a sua vocação religiosa, princípios fundamentais de amor e fraternidade, alicerce da igreja católica apostólica romana, sempre com os olhos voltados aos mais humildes.

Na minha juventude vi muitas pessoas de outros cleros comentarem a respeito das boas novas do novo papa, era tudo que o mundo precisava, era uma época difícil das ditaduras militares e da repressão no mundo. João Paulo II se sobre-saia pela sua vontade de fazer um mundo melhor, pela sua luz que conquistou desde que foi anunciado a sua escolha pela pombinha branca que significa a paz.

João Paulo II se dedicou em conhecer o mundo e ajuda os mais necessitados,ele era um passarinho pregando a paz e a fraternidade entre os homens.enquanto isso a guerra sucumbia milhares iranianos e iraquianos numa guerra que não tinha fim, por ser de origem humilde não tinha medo da morte e viajava constantemente ao oriente médio e outros continentes pregando o que é mais belo na vida de um ser humano, a palavra de nosso senhor Jesus Cristo.

Em 03 de maio d 1981, 03 Anos após ser escolhido Papa, João Paulo II teve o golpe duro do terrorismo, foi atingido por disparos de arma de fogo por um turco de nome de Ali Agca,que logo após foi encarcerado, João Paulo II foi para o hospital e se recuperou-se pelo milagre divino, após se recuperar dos ferimentos, visitou o santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer pelo seu milagre, e ofereceu uma das balas que foi ferido no atentado ao santuário. Até hoje está lá para visitação, já recuperado continuou sua peregrinação pelo mundo, espalhando o que mais sabia, transmitir a paz entre os irmãos, e fraternidade entre as famílias.

Anos depois fez um gesto de grandeza que admirou o mundo, foi até a penitenciária e perdoou e rezou ao seu malfeitor, tantas palavras lindas poderíamos dizer da vida peregrina e digna do santo papa, que ficaríamos dias e dias falando das suas visitas ao Brasil, quando chegava era um jubilo a todos, foram 4 visitas e todo o pais queria ver o mais querido Santo papa que o mundo já teve.

No Rio Grande do Sul os fiéis diziam que o papa era gaucho, as bandas de roque cantavam em suas melodias que o Papa era Pop, João Paulo II não se envaidecia ficava feliz e distribuía os mimos a todos os brasileiros. João Paulo II foi o terceiro mais longo papa do catolicismo, durando 26anos de papado, forjado de muita honra e gloria ao nosso senhor Jesus Cristo.

Já cansado da jornada o santo papa foi para sua ultima morada no dia 02 de abril de 2005, o mundo ficou triste, o papa mais humilde que um ser humano possa guardar em seu coração nos deixou para sempre.


Autor: João Batista da Silva

domingo, 3 de junho de 2012

Perdoando Que Se É Perdoado.



Oração de São Francisco


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.


Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado;
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna